A Costa Rica se consolidou, nos últimos anos, como uma das potências no futebol da América Central. Donos da melhor campanha da região nas últimas Copas do Mundo, chegando à quartas de final em 2014, Los Ticos agora se despedem da sua melhor geração. O Mundial do Qatar, no qual estreiam nesta quarta-feira (23), será o ‘canto do cisne’ dos veteranos que lideram o maior time que o país já teve.
O goleiro Keylor Navas, o volante Celso Borges e o meia Bryan Ruíz são o tripé da experiência no time costarriquenho. Eles estiveram juntos na histórica campanha de oito anos atrás, voltaram a se reunir para a Copa da Rússia (na qual venderam caro uma derrota para o Brasil) e, desta vez, retornam no Qatar. Obviamente, o sonho é em fazer história novamente. E a dificuldade da chave não assusta.
Na Copa do Mundo do Brasil, a Costa Rica caiu no ‘Grupo da Morte’, ao lado de Inglaterra, Itália e Uruguai, todos campeões do mundo. Ao bater uruguaios e italianos, o time garantiu sua classificação para o mata-mata, onde também bateu a Grécia. O time só caiu para a Holanda, nas quartas de final. Por isso, Alemanha, Espanha e Japão podem ser rivais duros, mas os ‘vovôs’ não têm medo.
“Temos uma seleção jovem, boa, com muita fé e esperança. Queremos estar na final, sabemos que é muito difícil, mas quando você vem à Copa, não dá para sonhar pequeno. Não viemos só participar, queremos dificultar para os rivais e vencê-los. Não somos favoritos e podem pensar que somos loucos por queremos isso, mas todas as pessoas que mudaram o mundo já foram chamadas de loucas também”, diz um inspirado Keylor Navas.
Fora os medalhões, Costa Rica chega renovada
Apesar de contar com os veteranos, considerados verdadeiros heróis nacionais na Costa Rica, a seleção está bastante renovada para a Copa do Mundo. A maior parte do grupo atua no próprio país e é formada por jogadores de 19 a 25 anos. A equipe foi a última a se classificar através das Eliminatórias, mas começou sua preparação com alguma antecedência. Dessa forma, eles entendem que há mais chances de realizar o sonho de chegar longe.
“Talvez não seja agora, mas para um menino que escuta o Bryan Ruíz falar hoje em ser campeão mundial, não parecerá tão estranho dizer isso daqui a dez anos. Temos que plantar a semente, ser ambiciosos. Ter a coragem de falar isso é a única forma de começar a se tornar um campeão mundial”, diz o técnico Luis Fernando Suárez, cujo endosso à experiência tem Ruiz como exemplo:
“Toda seleção precisa de jogadores experientes. Podemos contribuir muito com essa vontade dos jovens dentro e fora de campo. Sinto que o time quer estrear logo, com uma ansiedade que é normal neste tipo de torneio. A Espanha tem qualidade, mas nós também temos e sabemos o que é preciso fazer para tentar ganhar”.
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