Após uma temporada frustrante, o Atlético pode fechar a turbulenta temporada com o alento da vaga na Libertadores do próximo ano.

Campeão soberano do ano de 2021, e que, por um deslize não venceu a Libertadores da temporada anterior, o Galo esperava um ano brilhante mas ficou se espelhando no trabalho magnífico da Arena MRV. Fazendo teoricamente o correto, o Atlético se esforçou, pagou os salários que são obrigação, deu estrutura física, proporcionou voos fretados, renovou os contratos que venciam e resolveu toda a “caixa de pendências” que ficam fora de campo. No entanto, o que não se conectou foi o desejo, a ambição. Talvez, culturalmente, querendo acertar, a diretoria do Atlético errou ao não gerar o “fato novo”, o inconformismo necessário, a competitividade.

Atlético vai buscar, contra o Corinthians, o resultado que o garantirá em mais uma Libertadores – Foto: Pedro Souza / Atlético

A Cidade do Galo tem o que há de melhor e os jogadores já estão todos “garantidos” e com vínculos acertados pelo menos até o fim de 2023, com vários tendo contratos até 2024 ou 2025. As exceções são Júnior Alonso, vendido e que retornou por empréstimo até dezembro de 2022 por ocasião da guerra entre Rússia e Ucrânia. O outro é Pedrinho, com vínculo de empréstimo até junho de 2023.

Atlético a um ponto da Liberta

Enfim, não há o que incomode, não há o que preocupar, tá tudo acertado, menos para o torcedor. O Atlético, que entra em campo muitas vezes na rotação baixa, chegará à rodada 38 do Brasileirão precisando de um ponto para jogar a tão sonhada Libertadores de 2023. Um ponto para jogar a 13ª “Liberta”, no ano de inauguração do seu estádio. No ano que completa dez anos da conquista épica da América com São Victor e o Bruxo, todos no mesmo lugar.

Talvez seja isso, talvez seja cultural que o brasileiro se acomode inconscientemente e que, muitas vezes, há que se ter a sensibilidade e a percepção de que não basta apenas dar presentes aos filhos. Não é só renovar a “Playstation Plus” que nos tornará capazes de entender a maior das artes, a da convivência. Conviver é contornar com audição e tempo a tal chave dos vínculos. Dos laços de cada dia. Talvez seja só “um” ponto que falte ou tenha faltado, mas talvez, com tempo, entendamos que o Atlético é como um filho. E, assim, nunca será mais um ponto, sempre será o ponto.

No Atlético nada é mais um, nunca será mais um ano. Sempre será o ponto e o ano, porque o Atlético é o nosso filho, com artigo definido. O Atlético é a prioridade, é o que para as outras demandas. É o Galo que manda, o Galo é como o olho de Thundera rasgando os céus e que nos chama.

Atenda o chamado, é o seu filho, é o Galo.

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