A Argentina, que sofreu o revés mais improvável da Copa 2022, uma das 10 maiores zebras de 90 anos da história da competição, vai decidir o título, e é, na visão deste espaço, a favorita para fazê-lo.

França e Argentina decidem a Copa. Mas há um favoritismo pendendo opara o lado argentino 0 Franck Fife/Julian Finney/Getty Images

Sim, a derrota de 2 a 1 para a Arábia Saudita, de virada, foi na prática a grande surpresa da Copa do Qatar. Pois, como já explicamos aqui, para qualificar um resultado de zebra, com Z maiúsculo, e todas as suas listras, são necessários alguns requisitos. A seleção que estabelece o placar deve ser de pouca tradição no futebol, possuir uma liga, profissional que seja, mas de pequena importância no cenário, ter um elenco sem praticamente nenhum atleta que pertença a clubes de fora do país, e o adversário precisa ser obrigatoriamente um gigante, campeão mundial em alguma ocasião e craques consagrados dentro e além do seu território. Pois o jogo citado se encaixa em todas as situações.

O futebol tem os seus caprichos. Não os tivesse e é provável que fosse um esporte como outro qualquer, nos quais o pequenino em raríssimas ocasiões supera o gigante. Mas não para por aí. Outro grande mérito do futebol é que os melhores quase sempre chegam à decisão.

Voltando propositadamente meio século no tempo: em 1966, os europeus adotaram o futebol-força, cuja história não será contada agora, mas que privilegiava a correria e a virilidade. E os semifinalistas foram quatro seleções recheadas de craques, a Inglaterra de Bobby Charlton, a Alemanha de Franz Beckenbauer, Portugal de Eusébio e a União Soviética de Lev Yashin e Igor Netto.

Na Copa de 2022, o melhores estão na final

Em 2022 não será diferente. Apesar de tropeços, e alguma irregularidade ao longo do torneio, Argentina, de Messi, e França, de Mbappé, fazem a final da Copa atual. A França perdeu da Tunísia, que também tem atletas de primeira divisão da Europa, jogou com o time reserva, que é infinitamente inferior ao titular.

Às vezes, na vida, é preciso tomar um susto, ou enfrentar situação excepcional, para virar a chave. Pois foi como procedeu a Argentina, que despiu a pose, e despertou a torcida, que está fazendo das tripas coração para permanecer no Qatar, emprestando apoio fantástico ao time dirigido por Lionel Scaloni.

Há um papo de que a França está vencendo sem convencer, o que na prática é um equívoco, pois se não brilhou de forma espetacular, como muitos previram, conseguiu superar adversários de peso e, afinal, chegar à decisão pela quarta ocasião, a segunda consecutiva.

Messi ou Mbappé, um deles, será campeão do mundo. E responda rapidamente, sem consultar a internet: como eram os nomes dos sauditas que fizeram os gols da vitória sobre a Argentina?

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