Fernando Faria

Sequelas dos Estaduais no futebol brasileiro

Os principais Estaduais vão caminhando para o fim e deixando muitas sequelas pelo futebol brasileiro. Em São Paulo, somente o poderoso Palmeiras de Abel Ferreira, classificado para a decisão, conseguiu sair ileso. Corinthians, São Paulo e Santos ainda terão que superar as críticas após fracassarem na corrida pelo título. O Peixe não chegou nem mesmo às quartas de final.
No Rio, o Botafogo de Luís Castro não avançou às semifinais, e o trabalho do técnico está sendo muito questionado. Sob o comando de Maurício Barbieri, o Vasco vinha tendo um começo de temporada elogiado, mas em apenas uma semana perdeu para o ABC a vaga na terceira fase da Copa do Brasil e foi eliminado pelo arquirrival Flamengo no Carioca.
Nem mesmo o Rubro-Negro de Vítor Pereira, finalista da competição, navega em águas calmas. Longe disso. O treinador é alvo da ira de muitos torcedores, já ouviu o coro de burro e, se não erguer a taça, vai entrar no Campeonato Brasileiro sob raios e trovões. O Fluminense de Fernando Diniz é exceção: curte dias plenos de tranquilidade, com a boa campanha no Estadual e o retorno do ídolo Marcelo.

Em Minas, o Cruzeiro até trocou de técnico, após ver América e Atlético chegarem à decisão. O Coelho também faz ótimo começo de ano. Apesar de não apresentar um futebol encantador, o Galo se garantiu na Libertadores e vem cumprindo o que se esperava. No Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional ainda buscam a classificação às finais do Gaúcho e são favoritos absolutos. Embalado por Luisito Suárez, o Tricolor vinha desfilando bom futebol, mas perdeu para o Ypiranga na semifinal por 2 a 1, em Erechim. Já o Colorado empatou em 1 a 1 com o Caxias fora de casa.

Estaduais sem importância?

A verdade é que, no Brasil, os Estaduais dificilmente serão vistos como torneios sem importância de pré-temporada. Como destaca uma conhecida frase, só não valem nada para quem ganha. Afinal, a rivalidade regional turbina as decepções e sempre tumultua o trabalho dos treinadores, sejam eles recém-chegados aos clubes ou não. E olha que a temporada está apenas começando. Assim, ainda virão por aí Brasileiro, Libertadores, Sul-Americana, sequência da Copa do Brasil…

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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