O Atlético começou a escrever uma nova história no último domingo (27), na sua nova casa, a Arena MRV. Diante de muitos olhares, o time de Felipão venceu o Santos por 2 a 0, com dois gols de Paulinho. Porém, mesmo sendo vital começar fazendo história, a expectativa ultrapassava os 105 X 68 do gramado.
Havia uma representatividade gigante em partilhar daquele momento. Muitos que foram, levaram amuletos, pertences de parentes que já se foram deste plano, era um dia entupido de simbolismos.
Mesmo assim, muitos foram com olhares de maldade, com o desejo pelo erro, pela zombaria, buscando os pontos de problemas. Pois é, Sô Zé.
Até boa parte da década de 90, o Atlético não tinha estádio, não tinha campo para treinar e disputava suas atividades com sócios de um dos seus clubes, a Vila Olímpica. Pois é, Sô Zé, mas a sua marreta não perdoa.
Em 2014, o Brasil fez uma Copa do Mundo, construiu estádio no Pantanal, na Amazônia e teve viaduto caindo e matando, tudo para atender a FIFA. Pois é, Sô Zé!
O Atlético não concluiu ainda as contrapartidas, não terminou ainda a limpeza de obra, não fez a plotagem com comunicação visual e não terminou a instalação dos leds, mas vai fazer na raça atleticana, guenta aí, Sô Zé. O clube está fazendo sem recurso ou ajuda estatal.

Sô Zé…

O Atlético não pegou recursos públicos, ele reescreve a história com parte do seu primeiro estádio, o Antônio Carlos. Esse mesmo clube ganhou 14 taças nos últimos 11 anos e está em Minas Gerais falando uai. Pois é, Sô José, nada foi na facilidade.
Mais ainda, Sô Zé, o clube vai errar mais vezes, assim como você e eu errramos quase todos os dias. Já prepare seu caderno para anotar, mas não vai parar de incomodar. Esqueci, Sô Zé não erra, nem em recepção de pessoas na sua casa, pois ninguém vai lá.
Mas, perfeito mesmo é o Sô Zé que nunca queimou um arroz, nunca encostou seu carro em alguém, nunca atrasou uma conta, nunca foi ríspido com um cliente e fala de história de título sem saber quem era o presidente da república em 1937 ou qual era a capital do seu país e as dimensões de nacionalidade ou contextos, é tanto Sô Zé, né.
Na verdade, o Sô Zé precisa engolir o agosto de Deus que marca na história o clube que se intromete no meio do eixo e canta alto na montanha das Alterosas, o Galo.
Ao atleticano, não tão perfeito quanto o Sô Zé cabe uma observação: há tempo para tudo, inclusive para ser crítico, saborear os momentos é multiplicar dias de vida.
E saibam: haverá mais problemas, mas é aquela né – só sente dor de cabeça quem tem cabeça, Sô Zé, mala, sem alça, sem rodinha e invejoso … A Cachorrada Venceu, Sô Zé!

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