Líder do Campeonato Brasileiro, o Botafogo de Luís Castro se viu em meio a um turbilhão de problemas justamente em uma semana que era para ter sido de puro prazer do torcedor. Apresentando um futebol muito consistente e, principalmente, maduro, o time acabara de vencer o poderosíssimo Palmeiras, fora de casa, e abrira sete pontos de vantagem na liderança.

Quando tudo parecia caminhar da melhor forma, veio a proposta do Al Nassr pelo técnico Luís Castro, um caminhão de dinheiro para que fosse trabalhar na Arábia Saudita. E aí tudo começou a desandar. As duas partes conduziram o assunto de forma equivocada.

Castro, enfim, deixará o Botafogo – Vitor Silva/Botafogo

O que deveria ser uma rápida negociação foi se arrastando por toda a semana, impactando negativamente a preparação para os importantes jogos contra o Magallanes, pela Copa Sul-Americana, e o Vasco, pelo Brasileiro. É inegável que qualquer profissional tem o direito de escolher onde e com quem deseja trabalhar.

No entanto, a inexplicável demora de Luís Castro em anunciar a decisão foi minando o ambiente na torcida alvinegra. Muitos viram até uma certa vingança do treinador pelos xingamentos que ouviu quando pediam a cabeça dele no Campeonato Carioca. Duvido. Ele já mostrou ser um profissional educado e bem preparado para a pressão, algo tão comum no futebol.

DIVÓRCIO DOLIRIDO ENTRE CASTRO E BOTAFOGO

É pena porque Luís Castro interrompeu uma relação especial e de muito carinho que estava se consolidando com os alvinegros. Tudo parecia conspirar para o tão sonhado título brasileiro e que teria, no treinador, um dos grandes responsáveis, talvez o maior deles. Não foi assim. Para receber alguns, ou melhor, muitos milhões, Luís Castro abre mão de tentar fazer história, de ser ídolo de um dos mais maltratados gigantes do futebol brasileiro. Uma simples questão de opção. Como ele próprio costumava dizer ao final das partidas: “Quem ganhou?'”. Desta vez, todos perderam…

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