“O 0 a 0 de Brasil e Croácia no tempo normal (1 a 1 na prorrogação) confirmou a previsão de quem, mesmo sendo torcedor,  mantém um certo distanciamento, fugindo da tentação da euforia prematura. Afinal, pelo estilo de futebol croata, o prognóstico era mesmo de uma partida difícil. Ambas as equipes necessitariam de equilíbrio emocional, além de técnica e tática”

“Na prorrogação, quando Neymar marcou o gol faltando cinco minutos para o fim do primeiro tempo, o alívio foi gigantesco. E, portanto, a partir dali, o objetivo óbvio seria manter o resultado. Apenas isso! Mas o que se viu foi um time fominha. Dessa forma, o grupo partiu para o ataque, abrindo espaço para o avanço da Croácia nas oportunidades de contra-ataque. Então, a  Croácia, claro, soube aproveitar.  Afinal, é uma equipe centrada, focada, concentrada. E isso foi determinante”

Brasil partiu para o avanço em vez de se defender e Croácia não perdoou – Francois Nel/Getty Images)

“Após a eliminação melancólica do Brasil, minha filha me ligou e foi fácil resumir a frustração:”

“E aí, pai, o que achou?”

“Terrível”, respondi.

Nilson da Costa Bernardes torcedor sobre Seleção Brasileira derrota para Croácia
Nilson viu logo que a falha do esquema defensivo da Seleção ia dar ruim – Arquivo Pessoal

Avanço arriscado

E aqui vão minhas observações que, depois, seriam endossadas pela divulgação da leitura labial de Neymar no campo, irritado porque os companheiros avançaram de forma arriscada e irresponsável.  Eis o que eu disse pelo telefone, logo após o jogo:

“Eu tinha falado: Essa Croácia é difícil de ganhar. O Brasil  consegue fazer o gol, 1 a 0,  no final da primeira etapa da prorrogação…Aí, pô, só tem quinze minutos… Os caras vão lá pra frente querendo fazer o segundo pra quê? Tô vendo a defesa desguarnecida. Eu pensei cá comigo: Se a Croácia pegar uma bola e lançar no contra-ataque vai ser perigoso. Não deu outra. Foi eu pensar isso e foi acontecer”.

Quatro contra cinco 

“Eles focalizaram de longe assim, ó, tinha 5 jogadores da Croácia e 4 Brasil. O jogador da Croácia que fez o gol saiu correndo e quem tinha que acompanhar não conseguiu. E outra coisa: o cara chutou e ainda bateu na perna do Marquinhos, se não fosse isso, o goleiro defenderia. Então deu tudo errado”

Cadê Fabinho?

“O Tite fez umas substituições boas. Tirou o Vini Jr e botou o Rodrygo, que foi muito melhor. Tirou o Pombo que não estava voando legal.  Ele só vacilou por não colocar o Fabinho, que joga no Liverpool, que é cabeça de área igual ao Casemiro, para proteger mais aquele ataque da Croácia. Tinha que tirar o Paquetá, que tava horrível e não sabe defender. Ele não sabe dar combate. O Fabinho é marcador bom.  O Danilo, que joga na Juventus, é muito fraco pra Seleção e, se fosse campeão, ia encher o peito: Sou campeão mundial.  Pô, peraí…”

Ponto-chave: vaidade

“É aquela história. Sabe o que é a vaidade? A vaidade é uma m…. O Brasil fez o gol. Os caras tão lá na frente , cada um querendo fazer o seu para aparecer nas manchetes. Pô, tá ganhando por 1 a 0 que classifica, o que eles estão fazendo lá na frente pra tentar fazer mais um gol?  Pra quê?

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