O Fluminense jogou para vencer o Inter e sair com uma boa vantagem do Maracanã no jogo de ida da semifinal da Libertadores. Mas o empate de 2 a 2, com o time atuando com 10 jogadores por mais de 50 minutos, acabou sendo comemorado pela torcida no apito final. Antes de falar sobre a partida, deixo claro que para este colunista o árbitro Darío Herrera teve uma grande atuação e a expulsão de Samuel Xavier foi justa.

Vamos ao jogo. Os 15 primeiros minutos do Fluminense na partida foram de sonho. Um abafa impressionante em cima de um Inter que parecia acuado com tamanha pressão. Um gol de Cano em jogada muito bem trabalhada após uma roubada de bola de Arias. E duas jogadas espetaculares que poderiam ter sacramentado a classificação ainda no primeiro tempo. Ambas com Keno. A primeira em lance individual, mas Rochet fez grande defesa. E a segunda em jogada trabalhada que o mesmo Keno desperdiçou uma chance muito mais clara e fácil de ampliar o placar. Esse, para mim, o gol que praticamente selaria o destino do jogo.

Keno teve a chance de matar o jogo -Foto: Marcelo Gonçalves 

Samuel Xavier, o imprudente

O Inter depois dos 15 minutos se soltou. Ameaçou. Obrigou Fábio a trabalhar e fez a defesa do Fluminense cometer erros que assustaram os torcedores. Mas aí veio a imprudência de Samuel Xavier. Logo ele, um dos grandes nomes do time na Libertadores e na temporada. Poucos minutos depois de levar um amarelo infantil por fazer uma falta dura em Ener Valencia para “revidar” uma falta não marcada pelo árbitro do equatoriano em Nino, Samuel dá um carrinho desnecessário no meio do campo. Falta clara de cartão amarelo. Como já tinha…

Com um a mais, o Inter cresceu, como era de se esperar. Enfim achou o seu gol em uma bola aérea nas costas de Marcelo – que fez grande partida ofensivamente, mas segue sendo um tormento na defesa com as bolas nas costas.

No intervalo, Diniz fez as mudanças que era necessárias para o time jogar 45 minutos com um homem a menos em campo. Tirou Ganso, que fazia boa partida controlando a intensidade do jogo, distribuindo passes e organizando o time, para colocar Alexsander. Reorganizou a defesa com Guga no lugar de um apagado, mas sempre esforçado, John Kennedy. E colocou gás na defesa com Marlon no lugar de Felipe Melo.

Inter será osso duro

O time suportou bem a inferioridade numérica, tanto que não levou a pressão que se esperava do Inter e pouco antes de empatar o jogo com Cano novamente, perdeu duas boas chances de marcar. Contudo, Diniz mais uma vez mostrou ter o time nas mãos. O Inter mostrou que vai ser osso duro até o final e um oponente muito difícil de ser batido. O confronto está aberto. O Inter pode se sentir um pouco favorito por decidir em casa, precisando de uma vitória simples. Mas o Fluminense de Fernando Diniz já mostrou que nada o assusta e ele gosta de surpreender quando menos se esperam dele. Enfim, que o Beira-Rio tenha o prazer de ver um grande jogo de futebol como o Maracanã viu na quarta-feira passada.

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