Fernando Diniz e Alexsander
Fernando Diniz e Alexsander - Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Ganso está liberado e, com isso, o Fluminense tem todos os jogadores do seu elenco à disposição do técnico Fernando Diniz para o jogo de ida da semifinal da Libertadores contra o Internacional. O duelo será nesta quarta-feira (27/9), no Maracanã.

A última vez que Diniz teve força máxima foi na vitória por 5 a 1 sobre o River Plate ainda na fase de grupos, em uma das grandes exibições do Fluminense no ano. Lembrança que faz o torcedor Tricolor sonhar alto. Mas, de lá pra cá, Diniz ganhou muitas opções e criou variações táticas que fortaleceram o time em campo.

Na vitória sobre o Cruzeiro na quarta-feira passada, Diniz testou Marcelo no meio campo nos 30 minutos finais de jogo. Uma experiência que era muito aguardada desde a contratação do lateral, que já não tem mais o vigor físico de outras temporadas, mas mantém a sua qualidade técnica e habilidade para desequilibrar partidas a favor do Fluminense. Marcelo correspondeu. Fez um grande jogo, comando o time para conquistar três pontos importantíssimos na luta por uma vaga no G4 do Brasileirão.

Mas não foi só Marcelo que fez um grande jogo. Léo Fernandez também entrou bem e finalmente justificou a alcunha de bom batedor de faltas com um golaço. Além deles, Diogo Barbosa se apresenta como uma opção muito segura na lateral esquerda, fazendo com que a opção por Marcelo no meio ganhe força.

O provável time de Diniz

Diniz deve começar o jogo com o time que iniciou aquela partida contra o River Plate: Fabio, Samuel, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Alexsander, Ganso; Keno, Arias e Cano. Com isso, John Kennedy sai e o time deixa a formação de 4-2-4 que vinha utilizando no último mês.

A formação que deve iniciar a partida não atua junta desde aquele 5 a 1 no Maracanã. Confesso que me surpreende essa mudança num jogo tão importante, ainda mais com Alexsander ainda não tendo mostrado o futebol do início do ano. Mas, acredito que Diniz esteja preparando uma arapuca para o Inter. Essa formação inicial presa pelo bom toque de bola, pelo jogo próximo, pelo tiktaka e costuma cansar os adversários que ficam correndo atrás da bola o tempo inteiro.

Se conseguir êxito nisso, Diniz pode mexer no time no segundo tempo e, até mesmo pensar na saída de Ganso – que ainda não está 100% – para colocar Marcelo no meio com Diogo Barbosa na esquerda. Ou voltar com John Kennedy na frente forçando o 4-2-4. E até mesmo trabalhar com Leo Fernandez ou Lima, este último se quiser optar por mais força física no meio. As opções estão fartas, Diniz tem o grupo na mão e a torcida a seu favor. A escolha parece ser a mais conservadora, mas também aquela que mais empolgou a torcida no ano.

Certamente, o Fluminense não terá no jogo de amanhã, a facilidade que teve na vitória por 2 a 0 sobre o Inter no Brasileirão. E também, não entra em campo imaginando que por repetir a escalação contra o River Plate resultará em outra partida histórica como aquela. Mas, por outro lado, essas combinações e lembranças podem permitir quem pode sonhar, sonhar alto: o torcedor.

Por Jefferson Rodrigues, colunista do Jogada10

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