Menos de uma semana para o jogo mais importante dos últimos 15 do Fluminense. A final da Libertadores contra o Boca Juniors, no dia 4 de novembro, no Maracanã, é o grand finale que a torcida espera desde a fatídica derrota nos pênaltis para a LDU em 2008. E nesse período, não há muito mais o que se inventar ou esperar de novidade do time de Fernando Diniz.

O ano de 2023 foi, até o momento, muito generoso com o Fluminense. Seja em grandes atuações, conquistas, aproveitamento do elenco, recuperação de jogadores, descoberta de novos talentos e até afirmação de um modelo de jogo que muitos duvidavam que poderia funcionar com resultados. Funcionou, mas precisa funcionar novamente em seu capítulo final.

Fluminense se prepara para os próximos compromissos da temporada
Fluminense se prepara para a final da Libertadores – Foto: Marcelo Gonçalves/FFC

Com Nino e Felipe Melo em fase final de recuperação, John Kennedy recuperado e o elenco todo à disposição, Fernando Diniz poderá colocar em campo a sua melhor versão do Fluminense. E pelo que mostrou ao longo do ano, a melhor versão do Fluminense é empolgante. Mas, no último mês, essa mesma versão decepcionou e preocupou com atuações muito fracas e um desequilíbrio entre ataque e defesa que faz o torcedor ter pesadelos.

Fluminense e o equilíbrio decisivo

Claro que o foco dos jogadores e de todos no clube está no jogo contra o Boca, mas os 21 gols levados nos 11 jogos do returno do Brasileirão são expressivos. Ainda mais se avaliarmos que foram 4 gols do Vasco, 3 do Goiás, 3 do Cuiabá e 3 do Corinthians: todos times que lutam contra o rebaixamento. Ok, Diniz teve problemas para repetir escalação no setor com suspensões e lesões, mas, mesmo assim é um número muito significativo.

Encontrar esse equilíbrio defensivo, que vinha sendo marca do time e motivo de elogios por parte da imprensa e da torcida do Fluminense durante o ano, é fundamental nessa semana. Treinar a bola aérea também, porque tem sido uma dor de cabeça nos últimos jogos. E a simples volta de Nino não resolve esses problemas.

Serão 90 minutos – podendo chegar a 120, mas nenhum tricolor pensa nisso – até a taça mais cobiçada pelo clube. A atenção que faltou nos últimos jogos não poderá faltar. Começar o jogo displicente como aconteceu contra Goiás, Corinthians e Botafogo é certeza de água no chopp.

Time por time, o Fluminense é melhor, não à toa está invicto na fase eliminatória da Libertadores e venceu todos os seus rivais – sendo que Olímpia e Inter venceu fora de casa. Mas o Boca – apesar de não ter vencido nenhum jogo com bola rolando na fase eliminatória – também está invicto. E começar atrás no placar contra um time experiente e catimbeiro é receita de tragédia.

E vamos ao título!

Que Diniz aproveite muito bem a semana para alinhar os pequenos detalhes que faltam. E a leiteira de Castilho esteja no corpo de Fábio. Samuel Xavier encarne Carlos Alberto Torres. Nino desfile a elegância de Ricardo Gomes e Felipe Melo incorpore o talento e a raça de Thiago Silva e Edinho. Marcelo apoie e defenda como um Branco. André seja um leão como Carlos Alberto Pintinho e Marcão. Ganso esteja em dias de genialidade de Rivellino. Arias decida como Romerito. Keno incorpore os dribles e a velocidade de Cafuringa. Cano esteja iluminado como Ézio, Fred, os Washingtons, Magno Alves, Waldo e Flávio. John Kennedy seja carrasco como Assis. E Fernando Diniz tenha a serenidade de Carlos Alberto Parreira com a paixão de um Telê Santana. Falta pouco e muito ao mesmo tempo, e só os tricolores podem sentir isso.

Por: Jefferson Rodrigues

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