Keno e Arias voltaram. A vitória por 5 a 3 sobre o Goiás na quarta-feira pelo Campeonato Brasileiro trouxe essa notícia para os Tricolores. Depois de partidas abaixo do que atuaram em 2023, os dois pontas do time de Fernando Diniz desencantaram e tiveram atuação de gala em Volta Redonda, dando esperança para a torcida na semana da final da Libertadores.

Mas, se no ataque as coisas parecem funcionar bem, com Keno e Arias, na defesa não se pode dizer o mesmo. Sem Nino, o Fluminense novamente teve um apagão no início do jogo que quase custou caro. Marlon e Felipe Melo não conseguiam conter o ataque do Goiás, nem pelo chão, nem pelo alto. Marcelo mais uma vez sofreu no duelo um contra um contra atacantes mais jovens e velozes. Apenas Samuel Xavier manteve sua regularidade de sempre.

Keno, um dos destaques do Flu na vitória sobre o Goiás – Foto: Mailson Santana

Desde que Nino chegou ao Fluminense, o capitão tricolor é o principal pilar da defesa do time. A qualidade dele é tamanha que entra ano e sai ano ele ganha um novo companheiro de zaga e o rendimento não muda. Ao contrário, Nino parece fazer com que seus companheiros subam de nível para acompanha-lo.

Foi assim em 2019 com Matheus Ferraz; em 2020, com Luccas Claro; em 2021, com David Braz; em 2022, com Manoel e agora com Felipe Melo assumindo em definitivo a posição de zagueiro em 2023. São cinco temporadas com Nino soberano na defesa tricolor e tirando o melhor do seu companheiro.

Faltando oito dias para a final da Libertadores, Fernando Diniz já não esconde a preocupação com as seguidas desatenções da defesa tricolor no início das partidas. Marlon oscila muito e vive uma montanha russa de emoções com os torcedores. Felipe Melo corresponde, mas não tem mais a idade e o físico para levar a defesa sozinha como Nino muitas vezes faz, cobrindo seu companheiro, laterais, e ainda iniciando jogadas de ataque com arrancadas. O departamento médico do Fluminense será o responsável por tranquilizar a torcida para a final.

A importância de Ganso

O jogo de Volta Redonda também mostrou um Ganso mais participativo e eficaz. O camisa 10 passa a sensação de gostar dos jogos grandes e decisivos e, para isso, entra em forma e foco perto deles. Que a boa impressão de ontem seja contínua até a final, pois com Ganso bem, o Fluminense é um time ainda mais perigoso e letal.

A contagem regressiva não para. Os torcedores brincam que chega o Natal, mas não chega o dia 04 de novembro. Mas com a preocupação com a recuperação de Nino talvez seja bom que essa demora continue e o zagueiro consiga chegar 100% na decisão. Até lá, é arrancar folhinhas do calendário e controlar a ansiedade, porque no Brasileirão vai ser difícil focar.

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