Uma noite de aula do Galo no Maracanã. O Atlético foi esplêndido num jogo que a proposta de jogo era o “pode vir quente que eu estou fervendo”.
A armadilha de Scolari era definida. Com o time da melhor campanha do returno Brasileirão 2023, o comandante do Alvinegro sabia que o ímpeto do Flamengo era de salvar o ano, de chegar à liderança das capas de jornais desta quinta-feira.
Tava tudo armado para mais uma “festa” rubro-negra, era só fazer o “Arraxxca” pra cima… Mas o Atlético estudou o tabuleiro tático, Felipão sabia qual era o tema da redação do Enem.
Com uma proteção defensiva para anular as boas valências do bom rival, não houve muitas chances para Bruno Henrique atuar. A chance era aproveitar o lado esquerdo com Cebolinha e Ayrton Lucas. Saravia, que tentava combater e que estava bem há bem tempo, não aguentou e foi substituído com dores na coxa esquerda…
O primeiro tempo terminou com 1 a 0. Mas de um Atlético sóbrio e sobrando com o artilheiro do campeonato afirmando que o Mário Filho era a sua casa.

Galo arrasador

Na segunda etapa, Mariano que substituiu o lateral argentino, se tornou mais uma peça inteligente, um terceiro zagueiro, mas que tinha qualidade para iniciar a construção de jogo.
Estavam anunciados mais 45 minutos de aula. Agora, era fazer a última parte da inequacão, era hora de fazer a transição ofensiva de frente, no arranque de Hulk e Paulinho.
Era noite de ser gélido no último passe, era mais uma data para “Edenilsar” a conta de débito do meio-campista atleticano que ainda deve na conta do armazém do Sr.GaLindo, mas que começou a pagar no Pix com grandes quantias para abater. Atlético letal – 2 a 0 e Festa da Massa no Maraca.
Olhando ontem para o Cristo, antes do jogo, pedi a Deus pelo meu pai e avô, assim como Drummond, o xará pediu na década de 1980:
“Permita Deus, não deixe o Atlético capitular”… Enfatizei e reforcei: deixe-me hoje sem os beijos doces da linda Nayara, me deixe sem o abraço do Bernardo e sem a minha CAMbada de sete cachorros, mas não deixe o Tite do rebaixamento e do maldito ponto de equilíbrio ganhar…

No meu devaneio de insignificância, claro que sei que Deus tem muito sítio para olhar, mas se for pra alguém roubar, que seja o Rubens, o maior ladrão de bola do Brasil… E o Rubens, que agora voltou ao meio do seu meio, que teve a chance de reescrever sua história, não decepcionou. Chegou inteiro e o Maracanã explodiu com um povo em preto e branco calando 60 mil. De carrinho, lá dentro, 3 a 0.

Araxxca pra cima

Drummond, não sei se Deus num momento de “lanche breve” da sua labuta árdua na Faixa de Gaza me ouviu. Mas o Atlético de Everson não capitulou, não sucumbiu, o Galo fez redação nota 100 e esculpiu, foi poesia plena e serena.
Edenilson faz o seguinte: Arraxxca pra cima e siga pagando a conta, porque ser ídolo da Massa vale uma vida. Viva o Luciano, viva o Sisley, viva o Thiago, viva o José, viva a Beth, viva o Waguinho, viva o Will Rios, viva a Carol, viva a Berta, viva a Luci, viva a atleticanidade ainda que difícil, sofrida e saborosamente expandida, ainda que tardia.

Galo dá um show e faz 3 a 0 no Flamengo num Maracanã  com 65 mil – Foto: Pedro Souza / Atlético

A Cachorrada Venceu! Galo, som, sol e sal é fundamental!

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