Em 1958, País de Gales classificou-se pela primeira vez à Copa do Mundo. Com uma geração talentosa, que tinha jogadores espalhados por alguns dos maiores times da Europa, o time fez uma estreia marcante, chegando a ficar entre os oito melhores. Após mais de seis décadas de espera, os galeses voltaram a um Mundial e, agora, se inspiram naqueles que abriram o caminho.
O chamado ‘Espírito de 58’ foi um dos principais motes da campanha de motivação para o país e os jogadores de Gales, antes da Copa. O primeiro Mundial de Gales é considerado no país como uma epopeia inesquecível. Afinal, eles foram os únicos britânicos da Copa do Mundo da Suécia a chegar ao mata. Portanto, foram mais longe que os rivais Inglaterra e Irlanda do Norte.
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Há 64 anos, Gales empatou seus três jogos da primeira fase, contra suecos, húngaros e mexicanos. No jogo-desempate, contra a então vice-campeã Hungria, histórica vitória por 2 a 1. Hoje, só quatro jogadores daquele time estão vivos. Um deles, Terry Medwin, era o último autor de um gol galês em um Mundial, até que Gareth Bale marcou, contra os Estados Unidos, na segunda-feira (21). A equipe só perdeu para o Brasil, nas quartas de final, por 1 a 0.
Encontro de gerações antes da Copa
Antes do Mundial do Qatar, a federação galesa promoveu um encontro entre gerações. Bale, o grande destaque do time atual, foi ter com Medwin e Cliff Jones, outro remanescente da equipe de 1958. O rápido encontro representou a esperança do país em chegar tão longe quanto nos campos da Suécia, mas também o respeito pelos craques do passado.
Aliás, há semelhanças entre os dois times. Há seis décadas, John Charles era um dos maiores atacantes do mundo e era destaque na italiana Juventus, onde até hoje é o maior artilheiro da história do clube. Atualmente, é Bale que tem esta reputação, embora já não jogue mais na Europa. Ainda assim, fez história pelo Real Madrid, nos dez anos em que jogou lá.
E a campanha de 1958 também começou com um empate em 1 a 1, contra a Hungria. Nesta sexta-feira (25), contra o Irã, uma vitória já se tornaria uma das mais importantes da história do País de Gales. E, por fim, o duelo decisivo diante da Inglaterra promete aflorar um sentimento nacional ao seu nível extremo.
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