A vitória sobre a Ponte Preta foi a primeira do Vasco na Série B, mas para um jogador em especial, a partida foi muito além dos três pontos, também representou um recomeço na carreira. O goleiro Alexander voltou a jogar pelos profissionais após quase três anos. O último jogo foi no dia 1º de maio de 2019, derrota para o Atlético, na segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
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Desde então o goleiro amargou a reserva e muita das vezes sequer foi relacionado, como aconteceu no ano passado, quando ficou no banco de reservas em apenas uma partida. Vice-campeão como titular na Copinha de 2019, Alexander foi preterido por outras crias da base, como Lucão e Halls. O jogador chegou a pensar que jamais atuaria pelo Vasco novamente
“Muito gratificante ter jogado outra vez. Várias vezes passou pela minha cabeça que eu jamais jogaria novamente pelo Vasco porque eu estava como quarto, quase quinto goleiro aqui, mas dei a volta por cima correndo atrás.
A disputa por posiçãofoi prejudicada pelas lesões que o tiraram de diversos treinamentos, o que para goleiro, é crucial na busca por espaço. Alexander sofreu alguns problemas musculares, mas nada grave, até lesionar o ombro esquerdo, em março de 2021, o que foi determinante para a falta de oportunidades, tendo em vista que ficou parado por 45 dias, indo para o final da fila.
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“Esse momento foi de reestreia e muito importante porque há um ano eu tive uma lesão muito grave no ombro, com risco de ter que operar. Graças a Deus os profissionais do Vasco são muito competentes, deram todo o suporte possível. Tratei, fiquei firme, cabeça em pé sempre, jamais pensando em desistir. Graças a Deus pude contribuir para o Vasco todo esse carinho e reestrear pelo time conquistando os três pontos. Só tenho a agradecer, a Deus e a todos os profissionais”, afirmou o goleiro.
Alexander revelou que ficou sabendo que iria jogar contra a Ponte Preta já no vestiário, momentos antes da partida. O goleiro destacou todo o suporte que recebeu para superar o nervosismo de reestrear três anos depois, ainda mais com São Januário lotado de torcedores sedentos por vitória.
“O Thiago teve esse incômodo no joelho e até então a gente não sabia se ele iria para o jogo ou não. No vestiário é que ele tomou a decisão de não ir. O Daniel (Crizel) e o Zé (José Alberto Quitete) me deram as instruções, todo o suporte necessário e isso foi muito importante, porque no começo a gente fica meio nervoso. Do nada falaram que eu ia jogar e esse apoio foi essencial”.
Elogios do professor
No Vasco desde março do ano passado, o preparador de goleiros, Daniel Crizel, comemorou a boa atuação diante da Ponte Preta e destacou a perseverança e o profissionalismo do jogador de 22 anos.
“A gente fica muito feliz que a capacidade e a performance dele venham à tona. Internamente não é surpresa. Nesse período em que ele não teve oportunidade de jogar, sempre se dedicou e se empenhou, mesmo nos momentos mais difíceis, quando estava de terceiro e até mesmo de quarto goleiro. Nem por isso ele deixou de trabalhar todos os dias com os objetivos dele que é jogar. A gente fica feliz porque ele faz por merecer, sua sangue todos os dias. Para mim não é surpresa, ele cultivou e plantou essa performance”.
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Apesar da partida segura que fez, Alexander deve voltar ao banco de reservas. A tendência é de que Thiago Rodrigues tenha condições de jogar contra o Tombense, domingo, em Muriaé, pela quinta rodada da Série B. Pelo menos o goleiro ganhou pontos importantes com a comissão técnica e com os torcedores e pode se manter como o segundo da posição.
Vale lembrar que o posto vinha sendo ocupado por Halls, mas por sofrer um trauma no pé esquerdo no fim do mês passado, acabou sendo vetado das últimas partidas. No entanto, já está em reta final de condicionamento físico e estará, à disposição para o jogo do fim de semana, acirrando a briga por um lugar no bando de reservas.
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