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O primeiro tempo do Fla-Flu de terça-feira assustou a torcida do Fluminense. O amplo domínio do Flamengo nos 35 minutos iniciais de jogo, com chances claras de abrir o marcador e sem deixar o Fluminense impor seu estilo de jogo, surpreendeu. Sampaoli conseguiu fazer o que nenhum outro treinador havia feito esse ano: dominar o Fluminense.

Badalado, o time de Fernando Diniz sempre vai ser encarado como o time a ser parado. Os adversários a cada jogo estudam mais o estilo do Tricolor e buscam formas de anular o insinuante jogo do time de Diniz. Cruzeiro e Cuiabá chegaram a criar alguma dificuldade, mas não tinham qualidade técnica suficiente para se imporem, o Flamengo teve.

Diniz mostrou que o Flu, mesmo dominado, sabe anular um rival de peso. E que não tem apenas uma forma de jogar – Marcelo Gonçalves

Fatos positivos do time de Diniz

Mas o clássico de terça também teve lados extremamente positivos para o Tricolor. O primeiro deles é que podemos dizer que acabou a teoria de que os times de Fernando Diniz só têm um jeito de jogar. O Fla-Flu mostrou que o Fluminense sabe muito bem se adaptar quando está em situação desconfortável no jogo. Usa ligação direta quando necessário e, acima de tudo, sabe se defender e sofrer. Para um time que quer conquistar títulos importantes foi uma notícia extremamente positiva.

Outro ponto positivo no clássico, foi a força do comando de Diniz. No fim do primeiro tempo, quando o jogo ficou parado para um atendimento médico, Diniz reuniu os jogadores e ajustou o time. Tirou o Fluminense do sufoco e conseguiu equilibrar as ações – tanto que o Fluminense terminou o primeiro tempo com mais posse de bola do que o Flamengo. E na volta para o segundo tempo, o Fluminense logo assustou com cabeçada de Felipe Melo. Mas a expulsão do zagueiro freou o que parecia ser um início de domínio tricolor no jogo. A simbiose time, treinador e torcida está realmente consolidada.

Com um a menos, Flu quase vence

Em outros tempos, o Flamengo teria vencido com facilidade – tamanha a sua superioridade técnica no primeiro tempo e numérica no segundo -, mas isso não aconteceu. E no segundo tempo, quando o Fluminense ficou com um jogador a menos, o time de Fernando Diniz, além de não levar grandes sustos, ainda teve duas ótimas chances de sair vencedor.

O Fla-Flu reforçou a tese de que o Fluminense está muito forte e é candidato a conquistar títulos grandes esse ano. Se vai, é outra história. Até porque a corrida dos rivais para descobrir o antídoto anti-Dinizismo está a toda, mas o treinador tricolor não cansa de mostrar repertório para fugir dessa “vacina” que nenhum tricolor quer ver.

O Fluminense agora tem três jogos para arrumar a casa, trabalhar, encontrar soluções para os muitos desfalques que terá novamente no Fla-Flu da volta no dia 01 de junho. Diniz não terá Lele e Thiago Santos por já terem jogado a Copa do Brasil por outros clubes. Keno e Alexsander lesionados e não sabe se terá Marcelo e Martinelli. Muitas lacunas para preencher, mas a certeza que a torcida Tricolor tem é que Diniz tem mostrado saídas de sobra para as armadilhas que o ano tem apresentado. Não se surpreendam com uma reedição da final do Carioca.

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