Nos últimos anos, os amistosos da Seleção não têm empolgado ou motivado muita gente por aqui pelo país – tirando os familiares dos jogadores convocados. Mas dessa vez, Fernando Diniz e o Fluminense tem motivos de sobra para curtirem esses dois jogos caça-níqueis de um Brasil sem técnico. É a chance de organizar a casa que está completamente bagunçada e recuperar jogadores importantes para o momento decisivo da temporada.

Julho e agosto são os meses em que se definem pelo que o seu time vai brigar no ano. Quem ainda está na briga pelas competições eliminatórias vai chegando perto das semifinais, e no Brasileirão é a virada de turno, que já separa o joio do trigo. E no momento crucial da temporada, o Fluminense aparenta estar perdendo fôlego.

Nos últimos oito jogos, o Fluminense venceu apenas um – Foto: Juan Mabromata/AFP via Getty Images

Nos últimos oito jogos apenas uma vitória. Uma eliminação para o rival Flamengo na Copa do Brasil. E uma dúvida em cima de uma vaga que parecia tranquila na Libertadores – ainda considero tranquila, mas não se esperava chegar na última rodada precisando de resultado.

Diniz e a volta de duas peças fundamentais

Em campo, temos visto muito pouco do time que encantou o Brasil nos primeiros meses do ano. Os problemas de lesões e suspensões limitam, é verdade, mas a falta de imaginação e variação do time preocupam. Para resolver isso, e com duas semanas para treinar, Diniz espera ter a volta de Marcelo e Ganso – ausente no empate com o Goiás. Duas peças fundamentais na engrenagem do time.

Keno de volta já é um sopro de esperança. Por outro lado, a nova lesão de Alexsander, um tormento. E a de Nino, desesperadora. Não dá para imaginar o Fluminense brigando pelos títulos de Libertadores e Brasileirão com a zaga Manoel e Felipe Melo. Complica. Nino é o alicerce defensivo do time, o zagueiro mais jovem e rápido, com capacidade de cobertura nos dois lados. Não à toa foi convocado para a Seleção.

Sem a recuperação dessas quatro peças (Ganso, Marcelo, Alexsander e Nino), os sonhos do Fluminense para a temporada serão bem mais modestos do que se imaginava. O trabalho de Fernando Diniz será colocado em xeque novamente, o que já acontece, com razão, em boa parte da torcida. Diniz precisa encontrar soluções rapidamente para os problemas que tem, pois o time perdeu rendimento, criatividade, capacidade técnica e até poder de marcação e finalização. Está virando presa fácil para os rivais.

Serão dez dias para respirar, pensar, trabalhar muito e se reinventar. Enfim, o Fluminense que encantou o Brasil precisa aproveitar esse momento para não ver sua carruagem virar abóbora.

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