Perto de sua estreia como técnico da Seleção Brasileira, Fernando Diniz parece querer mostrar repertório no seu trabalho. Depois do 4-2-4 no jogo de ida das quartas de final da Libertadores, o treinador do Fluminense colocou um time reserva em campo. Num 3-5-2 para enfrentar o Athlético-PR, no último domingo pelo Campeonato Brasileiro. Os críticos de que Diniz só tinha um modelo de jogo, quicaram no sofá ao ver um Tricolor dominante. Por muito pouco, quase saiu com os três pontos dentro de um dos estádios mais temidos do Brasil.

A escolha por jogar com três zagueiros pareceu um teste para o jogo decisivo contra o Olímpia nesta quinta-feira no Paraguai. Diniz sabe que o time paraguaio tem sua principal arma na bola aérea. Felipe Melo não é um zagueiro alto. Assim como André não é um volante alto. Em estatura, o time tricolor perde muito para o paraguaio. Por isso, não estranhe se Diniz optar em tirar John Kennedy, grande surpresa do time titular no jogo de ida no Maracanã, para colocar em campo Marlon ou David Braz.

Opções para Diniz

Com a vantagem construída no primeiro jogo, o 2 a 0 no Maracanã, Diniz pode com essa simples alteração reforçar a defesa na bola aérea. Com isso, aumenta a segurança contra o bombardeio que se desenha. Ao mesmo tempo, pode liberar Samuel Xavier e Diogo Barbosa, quando o time tiver a posse de bola para formar uma linha de 4 no meio de campo com André e Ganso. Além disso, o time teria mais força ofensiva pelos lados com os dois laterais apoiando Keno e Arias para servirem Cano.

Outra opção seria o retorno de Lima ou Martinelli no lugar de John Kennedy, voltando ao 4-3-3 tradicional que o time vem atuando durante a temporada. O time seguiria com a estatura baixa para enfrentar a bola aérea. Mas reforçaria o meio de campo para tentar ter o controle do jogo e cortar os cruzamentos na raiz, antes de a bola ser lançada para a área. Assim, deixaria Ganso com menos responsabilidade para marcar e com mais fôlego para criar e se aproximar dos atacantes, quando o Fluminense tiver a bola.

Diniz e as opções para o duelo decisivo com o Olimpia – Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Olho em Leo Fernandez

O jogo contra o Athletico-PR mostrou também que Leo Fernandez pode ser útil, basta clube, treinador e torcida terem paciência para que ele se adapte ao estilo de jogo do Fluminense. Assim como também mostrou que o elenco do Fluminense realmente deu uma encorpada e fortalecida na janela de transferências com as chegadas, principalmente de Daniel e Marlon. Os dois são reservas que podem agregar quando entram em campo.

O resultado na Arena da Baixada reforça o bom momento do Fluminense na temporada e o crescimento do time de Fernando Diniz na hora decisiva das competições. Se no Campeonato Brasileiro vai ser muito difícil alcançar o Botafogo, na Libertadores o time pode sonhar com o título inédito. Afinal, faltam 4 jogos para chegar lá e o momento é bem empolgante para os tricolores.

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