Todos nós sabemos que o mundo é “resultadista”, não há como ser hipócrita e negar isso. É lindo falar da Copa de 1982. Mas melhor mesmo é lembrar de Taffarel e Romário em 1994 com Pelé e Galvão gritando: “é tetra”.
Não negamos que no quesito futebol o brasileiro é muitas vezes arrogante e acha que a ginga tudo supera e que futebol é tudo igual. No entanto, a cada dia se prova que convicção na escolha de um comando faz a diferença. E que a colheita pode demorar, mas se correta, virá.
Eduardo Coudet está há cinco meses no Atlético e a comunicação e o entendimento de sua proposta passaram por problemas. Ainda está em um processo evolutivo, mas começa a dar consistência.
Depois de um início claudicante, o Galo começou a dar mostras de equipe. Porém, no meio desse caminho apareceu o fantasma do Botafogo e todos os questionamentos sobre organização tática vieram à tona. A equipe do artilheiro Hulk vinha de uma ótima partida contra o Athletico-PR e uma vitória contra o Alianza Lima. Mas a derrota para os cariocas colocou em xeque a tal da evolução.
Coudet na coletiva, ao contrário de outras partidas, admitiu que, de fato, aquela peleja não tinha nada do que ele propunha e que não era a sua proposta, ou seja, uma noite que assustou a todos e que voltava a questionar a qualidade da comunicação e da execução do que pedia o comandante argentino.

O Galo de Coudet engrenou

De forma sutil, respeitando a hierarquia, Hulk mansamente se posicionou pronto a ajudar e até a conversar com Chacho se ele batesse à porta para o entendimento melhor de algumas formas de atuar. Aparentemente, parece que tomaram um café de diálogo e o time engrenou. Já são quatro vitórias consecutivas, dez gols feitos e apenas um sofrido.
Enfim, antecipando sofrimentos, possíveis eliminações que são plenamente naturais em competições grandes, o mais importante é alguém bater na mesa e dizer:
“Vejo ideia de jogo, vejo que temos resultados importantes para a primeira temporada, há entendimento, mais ainda, mudar é voltar a janeiro, é recomeçar, portanto, com taça ou sem taça, fica Coudet e ficará.”
Na convicção da ideia, no tempo ao trabalho tão contra o natural e o midiático que pode tudo atrapalhar, sendo eliminado ali ou acolá, alguém precisa bater na mesa e dizer:
“Ele fica e ficará”.
E o resultado? Ele vem com convicção e tempo para trabalhar, é a mudança da cultura do tchau.

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