As eleições municipais realizadas neste domingo (15) contaram com a candidatura de vários esportistas e nomes ligados ao esporte. Poucos conseguiram ser eleitos, mas teve até um goleiro em atividade que se deu bem. Entretanto, vários ficaram como suplentes. Já alguns passaram longe dos votos necessários para sonharem com o cargo. Eis alguns dos nomes mais conhecidos:

Marcos Braz (E), homem-forte do futebol do Flamengo foi eleito vereador no Rio  – Alexandre Vidal / Flamengo

Eleitos

Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG – mandatário do clube em seu momento mais dourado – foi quem obteve a melhor performance entre todos os nomes ligados ao esporte. Reeleito para a prefeitura de Belo Horizonte em primeiro turno, com 63,36% pelo PSD.

No Rio de Janeiro, Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo e incensado por fechar contratações de pesos pesados, foi o sexto candidato a vereador mais votado. Candidato pelo PL, ele obteve 40.938 votos.

Em Belém, rolou um fato curioso. Vinícius, que é goleiro titular do Remo, foi o 12º mais votado para o cargo de vereador: obteve 7.079 pelo Republicanos, não muito atrás do campeão Zeca Pirão (10.851) e de candidatos populares como John Wayne (9.054). Vinícius, de 36 anos e que já teve passagem pelo Flamengo no início da década,  se tornará, assim, o único jogador em atividade nas quatro divisões nacionais a ter um cargo eletivo.

Queriam ser prefeitos, mas…

João Derly, ex-campeão mundial de judô, tentou a prefeitura de Porto Alegre, mas obteve apenas 2,9%, ficando em 7º lugar, pelo Republicanos. Luiz Lima, ex-nadador olímpico, também tentou a prefeitura, mas foi apenas o 5º colocado no Rio de Janeiro, com 7%. Dois cartolas ligados ao Flamengo entraram na briga e ficaram lá atrás: o ex-presidente Bandeira de Melo (Rede), na casa de 2,5% e Fred Luz (Novo), com pouco mais de 1,7%. O ex-campeão de boxe, Acelino Popó era candidato a vice-prefeito de Salvador pelo Pros. Mas não chegou a 0,2% dos votos.

Alguns suplentes

Entre os vereadores, foi surpreendente o número de ex-atletas tentando um cargo na capital paulista. Dos mais conhecidos,  Marcelinho Carioca até que foi bem, com 7.271 votos, terceiro suplente do PSL e alguma chance de, em algum momento, assumir  vaga. Mas só ele. A campeã olímpica Maurren Maggi (DEM), com um pouco mais de 6.000 votos, ficou como sexta suplente do DEM, o que significa chance improvável de um dia frequentar a Câmara municipal. Outros foram muito mal. O mito Ademir da Guia, maior jogador da história do Palmeiras, não chegou a mil votos pelo MDB. Dinei, ex-atacante do Corinthians, chegou a quase 3.000 votos, insuficiente para deixá-lo bem colocado na suplência do Republicanos. Em Bauru, a jogadora trans de vôlei Tiffany ficou como sétima suplente do MDB após somar 283 votos.

Em outros estados, o ex-atacante Carlinhos Bala teve 1.884 votos em Recife e foi apenas o quinto suplente do PP. Gabiru, o herói do titulo mundial do Internacional, concorreu para vereador em Curitiba e teve apenas 283 votos pelo nanico PMB. Já em Campos dos Goytacazes, no Rio, o ex-zagueiro Odvan (o zagueiro-zagueiro eternizado por Luxemburgo) amargou apenas 228 votos. No Rio de Janeiro, Roberto Dinamite tentou ser vereador. Mas nem sua longa experiência como deputado estadual de vários mandatos, ser o maior artilheiro do Vasco e ex-presidente do clube ajudou. Com meros 1.995 votos, amargou a sexta suplência do DC (Democracia Cristã).

Nem a suplência

Paulo Rink, ex-atacante de muito sucesso na Alemanha e no Athletico-PR, tentou a reeleição em Curitiba. Ele teve 1.607 votos, mas seu partido, o PL, não atingiu o coeficiente eleitoral. Assim, não elegeu vereador e nem suplente. A mesma situação foi a de Serginho (Escadinha) do vôlei. Ganhou 1.807 votos em Belo Horizonte, mas o PV, seu partido, não obteve coeficiente eleitoral.

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