Após marcar o segundo gol da Argentina, na final da Copa do Qatar contra a França, neste domingo (18), Ángel Di María vibrou, sorriu, gritou e… chorou.
Emoção pura no rosto do meio-campista que, aos 34 anos – um a menos que Messi – também é veterano o suficiente para saber que se não fosse campeão agora…dificilmente conseguiria no futuro.
Titularíssimo
Antes do jogo, poucos apostavam que ele começaria como titular, já que não estava 100%. Mas Lionel Scaloni apostou na experiência do seu segundo jogador mais importante. E acertou em cheio. Foi Di María que avançou pela esquerda e sofreu o pênalti que Messi cobrou para fazer 1 a 0. Pouco depois, Di María fez o belo gol que ampliou o placar para 2 a 0. Não bastasse isso, ele era o alvo de Messi para as principais jogadas. Numa delas, sempre pela esquerda, deu brilhante passe para De Paul perder aquele que seria o terceiro gol, já no segundo tempo.
Aflição no banco diante da batalha
Pouco depois, aos 19 minutos da etapa final, já exausto, Di María foi substituído, sendo ovacionado pela torcida e abraçado por todos os companheiros. E, do banco, não disfarçou a apreensão com o ritmo do jogo. Afinal, o time sentiu sua falta. Assim, a França cresceu e conseguiu empatar. Impotente diante da batalha que se travava no gramado, o veterano se angustiava com a prorrogação, que levou a decisão para os pênaltis.
O grande nome depois de Messi
Nascido em Rosario – e formado no Rosario Central – Di María atuou no Benfica, Real Madrid, Manchester United e PSG, antes de aterrissar na Itália, onde defende a Juventus desde julho deste ano. Ele tem dupla cidadania – argentina e italiana.
Nesta Copa do Mundo, após a desastrosa estreia com derrota por 2 a 1 contra a Arábia, em 22/11, Di María lamentou as chances desperdiçadas pela equipe e disse que o grupo poderia ter feito 5 ou 6 gols se não tivesse errado tanto. Mas pediu foco e pensamento positivo.
Na partida contra o México, no dia 26/11, foi dele a assistência para o gol de Messi, que abriu o placar de 2 a 0. Bem humorado, o meia disse em entrevista que deu “um cocô” a Messi. E acrescentou: “Mas Messi soluciona tudo sempre”.
Já no dia 30/11, contra a Polônia, Di María sentiu uma sobrecarga muscular e saiu no segundo tempo. A Argentina venceu por 2 a 0, carimbando a vaga para as oitavas de final, mas a comissão técnica se preocupou com o risco de perder Di María para o mata-mata.
E foi o que aconteceu. O meia não pôde jogar contra a Austrália, no dia 3/12. E, com a classificação para as quartas, ansioso pelo retorno para enfrentar a Holanda, Di María chamou atenção pela dedicação. No dia 5/12, quando todos tiveram folga, ele foi o único a fazer trabalhos físicos. E fez kinesiologia, uma terapia de alívio das dores, que ajuda o corpo a fazer uma espécie de autocura. Mesmo assim, ele só entrou no segundo tempo da prorrogação. A Argentina venceu na disputa de pênaltis.
NOTA 10
Veio, então, a final. E Di María jogou tão bem que recebeu nota 10 do JOGADA10, assim como Messi, Scaloni e Martínez. Messi levou a Bola de Ouro de Melhor Jogador da Copa. Martínez conquistou a Luva de Ouro de Melhor Goleiro. Di María não ganhou prêmio extra, mas pode encher o peito. Os argentinos, desde 1986, só ganharam dois títulos importantes: a Copa América de 2021, em pleno Maracanã, e agora o Mundial. Sabe quem foi o único jogador que fez gol nessas duas partidas? Isso mesmo: Di María!
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