Nada como um dia após o outro. Um dos ditados mais tradicionais da literatura brasileira deve ser o novo mantra do Fluminense de Fernando Diniz. Após a derrota para o Corinthians e a surpreendente sequência de quatro jogos sem vencer e marcar gols, o time precisa se reinventar para o jogo mais importante da temporada até aqui: o Fla-Flu de quinta-fera pela Copa do Brasil.

O momento é o pior possível para o Fluminense. Muitos jogadores importantes lesionados: Marcelo, Alexsander, Keno. Alguns jogadores rendendo abaixo do que se acostumou esperar deles: Cano, André, Samuel Xavier. Um rodízio sem fim numa equipe que não repete a escalação há 10 jogos. Muitos desafios para enfrentar o rival que conseguiu por 35 minutos ser extremamente dominante no primeiro jogo do duelo.

No jogo contra o Corinthians, com um time mais próximo do que seria o ideal, o Fluminense apresentou no primeiro tempo seu estilo de jogo dominante e insinuante. Na etapa final, parecia ter o controle das ações e que a vitória viria a qualquer momento, mas não ocorreu. Cano não viu a bola, Ganso ficou isolado no meio, André parecia atabalhoado e os laterais duas avenidas. O Corinthians com viradas de bolas rápidas, pegou o Fluminense exposto e conseguiu dois gols e três pontos que não deveriam estar em sua conta na luta para sair da zona de rebaixamento.

Como será na Copa do Brasil, Diniz

Para quinta-feira, espera-se que Marcelo volte. Experiência, talento, liderança em campo para ajustar o lado esquerdo do Fluminense que tem sofrido tanto no ataque, quanto na defesa. Mas o time não terá Felipe Melo, que suspenso deve dar lugar a Manoel. Os resultados recentes deixam o torcedor tricolor com a pulga atrás da orelha: estariam voltando para 2019?

Em 2019, Fernando Diniz comandou a equipe tricolor com um elenco infinitamente mais limitado e menos talentoso. Conseguiu extrair o melhor de jogadores medianos – que renderam um bom dinheiro para o clube, mas não trouxeram resultados em campo. Ontem, o Fluminense finalizou 22 vezes no gol e não marcou. Em 2019, na derrota por 1 a 0 para o CSA, o jogo da demissão de Diniz, o time finalizou mais de 30.

Diniz tá com crédito de sobra com torcida, elenco, imprensa e com esse colunista que é fã do estilo e do comando do treinador, mas as vitórias precisam voltar. Até porque, se não voltarem, o velho fantasma do joga bonito, mas não ganha volta com força e o trabalho muito bem construído até aqui começará a ser questionado. Nada como um dia após o outro para Diniz, que muito aprendeu ao longo desses anos e mais uma vez terá de se provar diante daqueles que desconfiam do sucesso de seu estilo. O Fla-Flu será uma final de Copa do Mundo para o Fluminense e para Diniz.

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