Tradicionalmente, no Brasil há pessoas que torcem contra a Seleção. Uma pessoa muito querida não apoia os canarinhos porque a lembrança de amigos sendo torturados nos porões da ditadura durante a Copa de 1970 ainda dói demais.
Mas, nesta Copa, por causa da polarização política, essa divisão explodiu. Enquanto Jair Bolsonaro era presidente (ainda é, por lei, por mais um mês), militantes de esquerda faziam posts de repúdio à Seleção. Depois da vitória de Lula, um apaixonado por futebol, são bolsonaristas que fazem isso.
Após a estreia contra a Sérvia, uma nova controvérsia explodiu: muitos postaram torcendo para que a lesão de Neymar seja grave. É verdade que suas atitudes mimadas contribuem para a rejeição, os seus problemas com a Receita também. Mas é suficiente?
Será que nas outras seleções não há jogadores com comportamento igual? Eles são rejeitados dessa maneira?
A causa mór de sua rejeição é seu apoio à reeleição de Jair Bolsonaro – mensagem de apoio, um vídeo, uma foto, nada muito além disso. A eleição passou, mas militantes de esquerda o tratam como uma espécie de traidor à pátria.
Esse comportamento se estendeu a Richarlison -a favor e contra-, por supostamente votar em Lula. O que isso tem a ver com futebol? Richarlison e Neymar nem ao menos querem se envolver nessa polêmica.
Será que o Brasil precisa ter a Seleção Brasileira de direita e a Seleção de esquerda? Se, com uma equipe, estamos numa fila de quatro Copas, imagine com duas.
Bora, Brasil. Bora que vai ser difícil encontrar outra Copa que pareça tão possível de conquistar quanto esta.

*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10

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