Essa foi uma Copa típica do ponto de visto do resultado. O Brasil fez seu melhor jogo nas oitavas-de-final e caiu nas quartas, num jogo em que foi melhor a maior parte do tempo.

Nunca a superioridade do Brasil numa partida de eliminação foi tão grande, mas isso no fim do dia não vale nada.

Thiago Silva não deveria fugir da responsabilidade de um capitão – Lucas Figueiredo/CBF

Na hora dos pênaltis, Tite foi questionado sobre por que Neymar não abriu a série. Pergunta justa, mas que tinha um motivo. Se ele fosse abrir, quem fecharia?
Quem deve fechar os pênaltis é o jogador mais experiente. Dessa forma, o capitão Thiago Silva era a pessoa certa. Se não fosse um egoísta. Para não correr o risco de ser o vilão da disputa, mais uma vez fugiu da raia.

Na Copa de 2014…

Em 2014, todos se lembram, ficou de canto, tremendo de medo. Desta vez, as câmeras não mostraram isso, ao menos. Depois do jogo, Silva lamentou que não iria conseguir realizar seu sonho de erguer a taça, confirmando o motivo pelo qual lutou pela faixa. Deixou claro que não nunca entendeu o papel de um capitão.
Ninguém deve sonhar ser o herói. Essa condição é imposta pela realidade e coroa os que pensam mais na responsabilidade do que na glória.

E o capitão é a síntese desse sentido de dever. Só deve ser capitão quem está disposto a abrir mão dos seus sonhos em favor da glória coletiva. O capitão é o que lidera por palavras e principalmente pelo exemplo.

O capitão é aquele que compra todas as brigas que nenhum companheiro quem comprar. É quem protege, cuida e abre mão de seus sonhos pessoais.
Levantar a taça é apenas o reconhecimento dessa vida de sacrifícios pelos colegas.

Mas Thiago Silva sempre pensou na foto do pôster. Assim revelam suas próprias palavras.

Casemiro e Marquinhos poderiam ter sido o capitão. Talvez isso não mudasse o resultado do jogo. Quem pode saber… Mas o Brasil teria um capitão que não foge.

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