Casagrande disse que o técnico Tite não deixa legado para o futebol da Seleção.
Mauro Cesar Pereira disse que o Brasil vai ter de recomeçar do zero para a próxima Copa.
Milly Lacombe afirmou que será preciso refundar o futebol brasileiro, seja lá o que isso signifique.
E nenhum desses jornalistas foi execrado por dizer tamanhas barbaridades.
Toda vez que a Seleção perde uma Copa é a lesma lerda.
Muitos comentaristas, decerto achando que são os reis da virtude, saem desancando e apontando dedos. Mas se o Irã decidiu abolir sua polícia da moralidade e bons costumes, no Brasil ela continua firme e forte, da política ao futebol.
Tite cometeu muitos erros, é óbvio. Afinal, é humano e natural. Todos os técnicos em todas as Copas cometem muitos erros. Inclusive aqueles que são campeões. Mas só se vasculha as ações dos derrotados.
O futebol brasileiro precisa melhorar em muita coisa. E está melhorando. Pegue um jogo do Campeonato Brasileiro de 2014. É insuportável, um monte de chutões e de tentativas de jogadas individuais. O jogo melhorou.
A questão é que na Europa também melhorou muito. E a distância entre o futebol jogado aqui e jogado lá continua grande. Continua porque não mudamos o suficiente. Não abandonamos certos conceitos.
Um deles é querer destruir tudo a cada derrota. Precisamos repudiar fortemente aqueles que insistem no caminho de destruir primeiro para construir depois.
Não há caminho para o sucesso. Mas esse é um caminho certo para o fracasso daqui a quatro anos.
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