O Vasco, na noite desta segunda-feira, divulgou um vídeo de cinco minutos e um texto em seu site oficial comunicando que o clube formalizou o pedido de constituição de Sociedade Anônima do Futebol. Um assunto ainda nebuloso para o torcedor e, a princípio, muito mal explicado pelo clube e seus representantes, situação corriqueira na atual gestão.
Pouco presente em coletivas, com um acesso quase que impossível para os jornalistas, o presidente Jorge Salgado vem aparecendo assim, esporadicamente e sem responder questões. Aliás, até vídeo confirmando as chegadas de Zé Ricardo para treinador e Ricardo Gomes para CEO, com um torcedor aleatório (com todo respeito, é claro) ele gravou. Mas com a imprensa, que é o canal de comunicação entre o clube a torcida, ele se esconde.
Aliás, se reuniu duas vezes com organizadas e faz vídeo confirmando contratações importantíssimas para o clube, mas não atende à imprensa, seja individualmente ou coletivamente, nunca. Tudo é passado de forma errada e desrespeitosa. É uma ofensa ao jornalista que cobre o clube diariamente, se desgasta e busca de todas as formas colher informações para passar ao torcedor e, na noite em que o Vasco divulga um dos movimentos mais importantes da história do clube (sem entrar no mérito de bom ou ruim), os jornalistas não podem nem sequer fazer questões para entender melhor e passar ao torcedor.
Para piorar a comunicação das praticamente certas chegadas do novo treinador e CEO são feitas através de um vídeo amador. O problema não é o Salgado atender o torcedor. A questão é ele ignorar a imprensa e qualquer tipo de questionamento sério que pode ser feito sobre todas as vertentes do clube.
Já falei isso em live e repito aqui, em palavras, com muita lamentação: o Vasco hoje é um clube mais fechado do que na época do falecido Eurico Miranda. Mesma época em que o perfil oficial do clube chegava a bloquear torcedores (um completo absurdo), mas, pasmem, ainda era um clube que se comunicava melhor. Ninguém atende. Ninguém responde. Ninguém aparece.
Perdidos – e fechados – no espaço. E, com toda a tranquilidade do mundo, escrevo isso por grande parte da imprensa que cobre o Vasco. Não só por mim. Pergunte a qualquer um.
*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10.
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