Muitos não queriam. Muitos questionaram a idade, o físico e o que Anderson Luiz de Carvalho poderia entregar ao pior Vasco, pelo menos no quesito momento, da história. 40 anos. E Nenê simplesmente vai se colocando como a grande arma para o time se salvar da permanência na Série B. Alegria, juventude e experiência. Tudo em um só cara.

Nenê é um cara que já teve problemas no vestiário nos times que passou dentro do futebol brasileiro. Mas por um único motivo: ele quer sempre jogar. Ele não aceita ser banco. Isso é um fato. E, no Vasco, obviamente ele não pode ser reserva de forma alguma. Para ser sincero, nunca deveria ter sido, mesmo que Milton Mendes tenha o colocado nesta condição em sua primeira passagem. Quando ele está jogando, ele está bem. Ele contagia o ambiente dentro e fora de campo com seu jeito moleque. Como diz Fernando Diniz, Nenê ama o futebol.

E foi conversando neste final de semana com um dos jogadores do atual elenco que eu pude, mesmo já sabendo, ter a real noção do que um jogador como esse representa. “É craque. Um cara do bem, está ‘fechadão’ com o elenco”, foram algumas das palavras citadas. Ele transformou um ambiente com clima de velório em esperança. E isso também passa por Fernando Diniz, que dá total liberdade e confiança para o Vovô desempenhar o que mais sabe fazer na vida: ser decisivo jogando futebol.

São três jogos, dois gols e uma participação direta. O cara que mostra, com todo seu talento e alegria, que ainda é possível acreditar nesse Vasco. E “ai” de quem pensar novamente que Nenê, quarto maior artilheiro da história do clube no século, com 46 gols e 34 assistências em 135 jogos, não vai render com essa camisa.

Nenê e Vasco é um casamento que nunca deveria ter acabado.

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*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10

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