Ninguém. A resposta é simples e curta. Estamos falando de um jogador que tem oito jogos, quatro gols e duas assistências desde que voltou ao Vasco da Gama. Isso tudo no frio da letra porque a mudança e efetividade que Nenê tem na equipe é muito maior do que apenas os números. Exemplo disso foi o passe genial para Marquinhos Gabriel servir Cano no segundo gol contra o Náutico. Mas a questão precisa ser resolvida e há algumas opções para isso.

Dentro do elenco do Vasco, três jogadores podem ser considerados da mesma posição: Sarrafiore, lesionado, MT, que alterna entre a base e profissional e só jogou uma vez com Diniz, e Juninho, que desceu para o Sub-20 e nunca mais voltou. Na minha visão, nenhum dos três está preparado para assumir esse protagonismo. Caio Lopes, joia da base, já fez a função nas categorias inferiores, mas tem tido poucas chances com Diniz.

É por isso que outras alternativas aparecem como as possíveis ideais. Andrey é um atleta que tem a confiança de Diniz. Se lesionou e está voltando aos poucos. Volante, mas que consegue ter boas ações ofensivas e preencher o meio. Com isso, Marquinhos Gabriel, em teoria, seria adiantado. Mas essa escolha já se mostrou ineficiente o ano inteiro. Logo entendo que Diniz poderia fazer um meio com três meio-campistas pois é justamente atuando mais recuado, construindo a partir da intermediária, que Marquinhos Gabriel tem conseguido render. A trinca formada por Bruno Gomes, Andrey e Marquinhos Gabriel poderia dar um meio-campo de posse de bola e construção para que os homens da frente possam resolver a situação e o Vasco também não ficar muito exposto.

A questão é justamente o trio ofensivo. A produção de Cano ao lado de Nenê é ótima. Sem ele, o argentino perde um companheiro que, mesmo em pouco tempo, já mostra entrosamento. E é o camisa 14 quem tem o poder ofensivo mais claro da equipe. Pec ainda oscila bastante, enquanto Morato segue o mesmo caminho.

Para mim, o desafio do técnico não é apenas trocar Nenê por outra peça, mas fazer a engrenagem do time funcionar sem seu principal jogador. O Vasco terá 4 treinos até a partida contra o CSA, na sexta-feira, em São Januário. Substituto de Nenê? Não existe. Mas será um bom teste para medir o nível de inventividade de Fernando Diniz…

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10

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